Caso Marielle: Ministério Público afirma que porteiro mentiu em depoimento

A procuradora do Ministério Público e chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Simone Sibilio, confirmou que o porteiro do condomínio que envolveu o nome do presidente Jair Bolsonaro na morte da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes mentiu em depoimento à Polícia Civil.

A informação foi divulgada pela revista Veja. De acordo com a procuradora, quem autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio em que Jair Bolsonaro tem casa foi Ronnie Lessa, suspeito de ter efetuado os disparos que mataram Marielle e Anderson em 14 março de 2018.

Segundo as investigações, foram prestados dois depoimentos. No primeiro, foi relatado que ele ligou para a casa de Bolsonaro. No segundo, confrontado com o áudio da conversa, o porteiro manteve a versão, mas deixou dúvidas em relação à veracidade das informações prestadas.

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Segundo reportagem do Jornal Nacional desta terça-feira (29), o porteiro teria dito à polícia que horas antes do homicídio de Marielle e Anderson, Élcio de Queiroz entrou no condomínio onde Ronnie Lessa mora. Élcio, no entanto, não teria ido para a casa do presidente e sim para a casa de Lessa, segundo depoimento do porteiro.

O porteiro, que ainda não teve a identidade revelada, teria informado ao “Seu Jair” sobre o desvio de rota, e ele, ainda de acordo com o porteiro, teria dito que não havia problema.

A reportagem do JN informou ainda que no dia em que o presidente teria supostamente autorizado a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio, Bolsonaro estava no Congresso, em Brasília.