“O senhor era menos promíscuo quando fazia filme pornô”. Diz Eduardo Bolsonaro a Frota durante CPI das Fake News

Em depoimento na CPI das Fake News, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL), de quem era aliado, se beneficia de “milícias digitais nas redes sociais” para atacar adversários e que o Palácio do Planalto abriga uma equipe para propagar notícias falsas.

“Vem de dentro do Palácio do Planalto os três personagens que vieram das redes bolsonaristas e tiveram oficializadas as suas redes de ataque com dinheiro público. E quem coordena? Carlos Bolsonaro, direto do Rio de Janeiro”, disse, em referência ao chamado “gabinete do ódio”.

O termo é usado para se referir ao núcleo composto pelos assessores da Presidência Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz — os três,  também foram convocados pela CPI. Entre as funções que o grupo exerce no governo está a atualização das redes sociais da Presidência da República.

Na audiência, Frota também afirmou que as chamadas “milícias digitais” foram orientadas a atacar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e os ministros do Supremo Tribunal Federal. O parlamentar foi expulso do PSL após tecer uma série de críticas ao presidente Jair Bolsonaro e, depois, filiou-se ao PSDB.

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Alexandre Frota divulgou uma fake news direto da mesa da CPI que investiga as próprias fake news

Presente na audiência, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), líder do partido na Câmara, classificou a presença de Alexandre Frota como um “escárnio” e o acusou de propagar fake news por exibir um mensagem atribuída a o guru Olavo de Carvalho. “O professor Olavo já desmentiu”.

O plenário foi às gargalhadas quando os dois bateram boca: “O senhor era menos promíscuo quando fazia filme pornô”. disse Eduardo. Frota rebate, aos risos: “Você gosta, né? Eu sei que você gosta”. O filho Zero Três, entretanto, deixou a sessão logo em seguida e não ficou para acompanhar o resto do depoimento.