Tocantins é o estado mais novo da federação brasileira. Sua história de criação nos remete a uma luta secular que apenas se concretizou com a promulgação da Constituição Cidadã de 1988. Independentemente de quem liderou esse processo de criação, o discurso era um só: promover desenvolvimento para tão sofrida região que era conhecida como corredor da miséria, uma referência ao abandono que as pessoas que moravam nessa região passavam.
É dentro deste contexto de dificuldades que encontramos a região sudeste, composta por 20 municípios. Diferente de outras regiões que experimentaram um desenvolvimento maior a partir da década de 60, em virtude da construção da rodovia Belém- Brasilia, a região sudeste permaneceu no isolamento quase que total. Sua economia era baseada em duas principais atividades: a pecuária, sobretudo a criação de gado e a agrária de pequena escala, voltada mais para a subsistência das famílias.
Foi somente com a criação do Tocantins que a região presenciou um maior investimento em infraestrutura e pavimentação asfáltica, ligando o sudeste a Palmas, a mais jovem capital do país. Todo este cenário de criação favoreceu também, o surgimento de uma agricultura mais moderna, com uso de máquinas para a plantação de soja e milho em grandes propriedades.
No entanto, essas rápidas mudanças estruturais nos padrões de crescimento não foram acompanhadas de um planejamento estratégico, a longo prazo, que fosse capaz de articular desenvolvimento e o ser humano. Salta aos olhos de quem visita a região que possuímos problemas de ordem econômica e social, tais como, pobreza, saúde precária, violência, além de problemas primários no que diz respeito ao acesso a direitos básicos, como analfabetismo e defasagem escolar.
Em grande parte, penso que faltam líderes na concepção elaborada pelos estudiosos Rauch e Behling (1984). Para eles, liderança é a capacidade que um líder tem de influenciar as atividades de um grupo organizado em direção à realização de um objetivo. De modo que, é latente que a região sudeste precisa mudar seu comportamento, sob pena de amargar mais anos e anos de abandono. É preciso ter unidade em prol de um único objetivo, que seja capaz de articular uma agenda de políticas públicas, com vista a promover melhorias na vida dos tocantinenses que residem nessa região.
Essa necessidade é tão gritante, que todas as demais regiões do Estado têm um ou mais parlamentares na Assembleia Legislativa, mas o sudeste não possui nenhum. Apesar disso, teremos duas chances para mudar nosso comportamento, agora no dia 3 de junho, nas eleições suplementares e depois, nas eleições gerais do dia 03 de outubro.
Eu já fiz as minhas escolhas. Para governar o Tocantins no mandato tampão, meu voto é para Senadora Katia Abreu, uma mulher competente, técnica, com capacidade política para enfrentar os problemas que afligem nossa gente. Ela é uma líder e já foi Ministra da Agricultura, Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, entre outros cargos que assumiu durante a sua vida pública.
Será também minha candidata nas eleições de 3 de outubro, contudo, nesta não estarei somente como eleitora, pois eu decidi participar. Hoje estou pré-candidata ao cargo de deputada estadual pelo PDT. Como filha de Dianópolis quero colocar todo conhecimento adquirido à disposição das pessoas. Sou Jornalista, Advogada, Especialista em Gestão e Politicas Públicas e Mestranda em Desenvolvimento Regional. Já ocupei importantes espaços no Executivo, o último de Secretária Estado de Cidadania e Justiça.
Somos produtos das nossas escolhas, faça você a sua, mas, dessa vez pense bem antes de estabelecer um laço de reciprocidade com alguém que se intitule líder. Antes porém, observe seu currículo e suas práticas, busque ter a certeza de que de fato ele está comprometido com o bem comum. É meu, é teu, é de todos nós o desafio de influenciar outras pessoas a acreditarem no surgimento de lideranças que sejam avaliadas pela sua capacidade técnica de gestão.
Por fim, precisamos estabelecer um parâmetro em que haja na política uma relação saudável e de confiança mútua entre líderes e cidadãos, para que, de uma vez por toda, seja exterminado do nosso meio, aquela liderança exercida baseada em favores ou em conchavos políticos. Vamos à luta, o sudeste tem sede de representatividade!
Gleidy Braga
Jornalista e Advogada
Pré-candidata a Deputada Estadual